Roubo

13.9.12
No outro dia roubei uma revista de uma sala de espera de um laboratório de análises. Foi mais ou menos sem querer, porque segui com a revista na mão quando saiu o número da minha senha e mal reparei que a tinha comigo guardei-a no saco, em vez de ir pousá-la na mesa de onde a tirei. E, sim, isto podia ter sido tudo feito de forma inconsciente, só que no momento em que guardei a revista, soube que a estava a roubar.
Ora, como não sou pessoa de cometer pecados destes, fiquei a pensar que alguma coisa está mal. Aliás, "alguma coisa está mal" é uma frase repetida amiúde neste blog (e, reparem, é a segunda vez que uso a palavra  amiúde), mas é escusado estarmos com falinhas mansas, muito menos eu. Alguma coisa está podre e a feder, essa é que é essa. E o dia 15, eu sei, pode ser uma boa oportunidade para lhe atirar terra para cima, mas eu ainda me lembro da última manifestação em que participei.  Éramos 300 mil e aquilo emocionou-me, era o povo unido caralho, mas depois essas mesmas pessoas, provavelmente, escolheram Passos Coelho para nos governar e nesse dia, o das eleições antecipadas de 5 de Junho de 2011, eu decidi nunca mais me manifestar por este país.
De maneiras que agora estou num impasse, porque eu gosto deste país e apetece-me, tal como Mia Couto diz na tal revista roubada, acreditar que Portugal fez todos os seus momentos de esperança em condições de pobreza.

3 comentários:

  1. Essa parte que foi da manifestação até à eleição do Coelho também não percebi, confesso.
    Mas quando se vai longe demais tem que se meter um travão. Depois, quando se pensar em meter a primeira mudança para se recomeçar, espero (oh, espero !) que apareça uma boa alternativa e que as cruzinhas sejam colocadas no bom sitio.
    PS : A proposito, como vai a tua evolução na condução de veiculos motorizados ?

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    1. deveria haver evolução na condução de veículos motorizados? Espera, disse coisas que não me lembro, certo? Se calhar foi alguma coisa que comi...;)

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  2. Eu já dizia que alguma coisa estava mal há muitos anos, cansei-me de me chamarem pessimista, agoirenta, invejosa, infeliz ou lá o que fosse, ninguém queria ver a realidade, a caminhar para o abismo e a continuar a caminhar (parem!pensem!a manada, o povo é manso...)amava o país, mas não podia deixar que me continuasse a maltratar... abandonei-o em 2008. Faz o que achares correcto, para mim para poder continuar a amar Portugal tive que abandoná-lo...

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