Desafio concluído

16.5.12
Pois, então, que lá fui fazer o meu casting, ser eu própria como se pretendia, para confirmar o que já suspeitava: eu não tenho grande interesse para as empresas. E, não, não vou estar aqui a dizer que não sabem o que dizem, porque sabem e dizem-no de uma forma muito simpática e assertiva. Eu escusava era de me sentir tão diminuída.
Mas fui. Está feito.

13 comentários:

  1. senti exactamente o mesmo quando fui, aquilo não é um modelo que se aplique a tudo e todos. força nas canetas!

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  2. Hoje em dia quem corresponde, afinal, ao que as empresas querem?

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  3. Eu, por acaso, acho q muitas não sabem o que dizem. Ando à procura de emprego e fui a um treino de entrevista. É verdade que as minhas respostas expontaneas às perguntas que fazem poderão não ser muito "corporative". Mas levar a receita que vou passar a levar (a pergunta a respondes b, a pergunta c respondes d, etc) também não me parece que realce as minhas qualidades ou me distinga dos outros candidatos que levam a mesma receita.

    Quanto muito revela que estou empenhada e que, por isso, fui a um treino de entrevistas.

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  4. Já agora podemos saber qual foi o teu pitch? E as razões porque não correspondes ao que pretendem?

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  5. Basicamente acho que caiu mal uma doméstica ir para lá dizer que chegamos a um ponto em que é preciso alterar a relação que temos com o trabalho, que ainda é a que herdamos da revolução industrial...
    Disseram que eu não podia partir para uma entrevista de emprego a dizer que queria trabalhar em casa.
    Que a opção de conciliar a maternidade com a profissão é muito válida, mas...
    E ao mesmo tempo disseram que as empresas não são assim tão fechadas a alternativas de organização do trabalho (eu é que não sei, pelos vistos, procurar trabalho)
    Em suma, eu fiz o meu papel (sim, escusava de salientar tanto o facto de para mim ser essencial também ser mãe)consegui sintetizar, mais ou menos, o que sou e o que faço, mas percebi que isso não lhes interessa. E compreendo, claro.
    (os putos estão aqui ao meu lado na banheira e o computador não funciona, por isso vou publicar sem reler)

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  6. Se calhar estás a fazer esse pitch é às empresas erradas (digo eu, que não sou especialista nisto, nem consigo emprego para mim).

    Aqui há uns tempos lembro-me de uma entrevista a uma organizadora de eventos (não tenho a certeza, seria??) que fez muito alarido de na sua empresa serem todas mães: "somos muito eficientes. somos todas mães e por isso fazemos tudo depressa porque queremos ir para casa e estar com a família".

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  7. Olha, agora que estou a ver realmente ao que foste (desculpa ter "apoiado" a tua iniciativa sem me aperceber muito bem do que se tratava) estou a lembrar-me de que há uns tempos li uma entrevista ao mentor dessa iniciativa no JN e que fiquei um bocado horrorizada!
    Não é que cada um não possa fazer o que lhe apetecer (ou seja, organizar e acudir), mas tu realmente identificavas-te com o espírito da coisa? Ao que percebi procuram jovens dispostos (mais ou menos) a tudo, já agora com imaginação, e se possível articulados e com bom ar...
    Claro que pode ser óptimo para uma série de pessoas e até acho que fizeste muito bem em experimentar, mas fará sentido sentires-te diminuída perante uma plateia cujos códigos tu própria não partilhas? É um bocado como acudir a uma assembleia de Testemunhas de Jeová e ficarmos encolhidas porque afinal éramos capazes de aceitar uma transfusão... (perdoa a analogia, sim?).
    Calita: tu és mulher da tua própria empresa, não das de um bando de carnívoros com sentido de oportunidade!... A não ser que queiras (e consigas) ser ainda mais carnívora do que eles, claro!

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    1. Oh pá, eu não li essa entrevista e o que me pareceu é que aquela malta apelava aos inconformados para se manifestarem. E eu lá fui.
      Adorei a comparação com a assembleia de Testemunhas de Jeová, mas devo dizer que não sendo aquele o meu credo é uma iniciativa com valor. Do júri fazem parte CEO (só esta sigla dá vómitos, eu sei) de empresas como EDP, Galp, Vodafone, etc. que representam bem, digo eu, uma parte (a mais importante?) do nosso mercado de trabalho.
      Quanto a eu ser uma mulher da minha própria empresa só se for para dar prejuízo, sou a antítese da mulher de negócios, o que é uma pena, porque de facto não vejo outra alternativa.

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    2. Eu também acho que a iniciativa tem mérito - e não estou a dizê-lo cinicamente. A parte do carnívoro não é sequer incompatível com a do inconformado.
      Mas as empresas (ou seja: "empreendimento para a realização de um objectivo", sendo este normalmente "o fornecimento de bens ou serviços") não são necessariamente feitas para dar lucro, basta que não dêem grande prejuízo... Se calhar é mais simples do que julgas... Amanda-te!

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  8. Eu que já fui mais ou menos tua chefe, acho que tenho alguns pergaminhos para afirmar que eu és uma trabalhadora brilhante, com uma enorme capacidade de produção (fazes bem e depressa) e com uma grande visão do que é essencial e acessório. Como mãe, sei que a maternidade dá-nos competências pessoais que nor tornam melhores trabalhadoras, e vi isto acontecer comigo, fiquei melhor na profissão desde que sou mãe.
    Não quero saber desse Pitch, só venho aqui dizer que tu és capaz de fazer o que quiseres, desde que o queiras mesmo. Seja por conta de outrem, seja no teu próprio negócio. Basicamente, é uma questão de inteligência emocional e de assumir uma postura e agir de acordo com ela. Assim uma espécie de alter-ego profissional que seja aquilo que nós somos, mas em mais seguro, firme e disciplinado. À medida que fui treinando isso, aconteceram coisas extraordinárias como deixar de gaguejar.
    Como diz o autor do Bruno Aleixo, isto não tem ciência nenhuma, o que é preciso é não dar parte de fraco.

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    1. Dora, mais ou menos? tu foste minha chefe. Ponto. E já pensei muitas vezes como é que conseguimos ser e continuar amigas depois disso :)
      Por acaso não é difícil perceber isso, porque acho que nos respeitamos mutuamente e isso é a base de qualquer relacionamento.
      De resto acho que estás a ser exageradamente simpática, mas agradeço do fundo do coração, porque estava mesmo precisada de ouvir palavras destas.

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    2. É, eu devo-te dinheiro ou favores e por isso estou a passar-te a mão pelo pelo... Não estou a ser exagerada coisa nenhuma. Não gosto nada que digas essas coisas de ti mesma, quando tu és uma pessoa tão talentosa - ainda ontem, eu e mais amigas tuas comentamos isso! Quanto a seres antítese de mulher de negócios, também não é verdade. É certo que todos nascem com mais jeito para umas ou outras coisas, mas quase tudo se aprende. Por acaso, nasceste a saber falar inglês ou a fazer contas de dividir, nasceste? Olha, fiquei tão inspirada com isto que vou escrever um post no blog, porque me chateia que as pessoas não acreditem nelas próprias e que, por essa razão, o mundo esteja a perder enormes reservas de talento.
      Quanto a ti, minha brilhante amiga, começa a ler livros sobre negócios, 15 minutos por dia. Mas primeiro dá com a cabeça na parede para ver se deixas de ser pateta.

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  9. Clap, clap, clap Dora. É por isso que gosto de ti

    Natália

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