Pronto, acabei de me reconcliar com o jornalismo, por causa de um artigo no Público de hoje. Não vamos discorrer sobre o facto de o artigo em questão ter sido escrito por um ensaísta e professor universitário, ok? Até porque esse detalhe está muito de acordo com aquilo que o artista Michelangelo Pistoletto defende, acho eu, que é juntar pensadores e artistas de diferentes áreas, além de representantes do sector industrial, para que todos possam contribuir para "uma transformação social responsável".
Bom, também tenho de mencionar a reportagem sobre o ensino profissional, esta, sim, escrita por uma jornalista e bastante bem feita, e poderia destacar outros artigos, mas ainda não os li.
O que me fez pegar numa caneta para sublinhar e destacar ideias que subscrevo, como por exemplo: "o projecto Love Difference, um movimento que 'combina a universalidade da arte com a ideia de transnacionalidade política' centrada nas políticas para o Mediterrâneo, região que 'reflecte os problemas da sociedade global'.", foi o mesmo que me fez vir aqui escrever, quando já tinha decidido, antes de comprar o jornal e depois de ler a newsletter (não há um termo em português, pois não?), que ia escrever sobre cabines telefónicas (ainda há 8000), porque já me aconteceu de precisar de uma e andar uns quantos quilómetros à procura e acabar por desistir e pedir o telemóvel a uma pessoa desconhecida. Sim, eu sou essa pessoa que sai de casa sem telemóvel.
Há mais, muito mais, ideias que vale a pena destacar, desde logo a ''demopraxis'' em oposição à democracia - ''Se a democracia é o sistema do poder do povo, a demopraxis equivale à prática do povo. 'É inevitável cada indivíduo ocupar o poder. Os partidos são parte da governança; delegamos o nosso poder a uma ideologia; e cada partido tem as suas ditaduras. Não é uma prática.' A aspiração é agora 'cada um fazer a sua parte.'''
Resumindo, e como sempre defendi: A arte salva. Quando fui à procura do(s) post(s) onde escrevi isto, e li uns quantos que me deixaram espantada com as coisas que já fiz e a forma como escrevi sobre elas (sobre a arte salvar é que não encontrei nada, apesar de ter a certeza que me referi a isso numa das #Cartas à Bea) não pude deixar de pensar em todas as coisas incríveis da vida das pessoas que desconhecemos. Que os artistas continueam a mostrar-nos as vidas reais, as vidas possíveis e as alternativas, porque não tenho dúvidas de que é isso que salvará a humanidade. A humanidade que restar.
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