Como seria?

22.1.20

Estou convencida que a minha ideia para salvar o mundo, apesar de distópica, teria a grande vantagem de vermos que espécie humana adviria daí.
Parece-me que devo andar a pensar nisto há algum tempo, uma vez que cumpro parte do que proponho (ou será que proponho precisamente por isso?). Então, a minha sugestão é que cada um de nós viva com o que consegue fazer. E só com isso. Se eu quero comer carne tenho de matar o animal.  Se gosto de ter a casa a brilhar e tudo arrumado nos armários perco o tempo necessário para o fazer, em vez de contratar uma mulher a dias. Para andar vestida e calçada não sugiro que confeccionemos as nossas próprias roupas e calçado, mas devemos pagar tudo o que está associado a uma peça, desde a matéria prima, passando pelos processos de transformação, até à mão de obra. Nesta realidade não faltariam os alimentos básicos à subsistência: pão, fruta, legumes e algum leite, assim como tecidos e roupas usadas, mas tudo para além disso teria de ser feito por quem aspirasse a mais.
A distância entre o trabalho e a escola deve ser a que conseguirmos fazer a pé. Se não for possível usem-se as carreiras, vulgarmente conhecidas por transportes públicos, ou as carroças puxadas a cavalo, como ainda usam algumas lavradoras de Aguçadora. Sim, estou a sugerir vivermos todos como eu vivia há 35 anos, ou seja, antes da CEE. A diferença é que nessa altura havia mais pobres (agora considerados classe média)  do que ricos, que não tinham mais do que um carro por família.
Não temos de culpar o desenvolvimento, a globalização e o capitalismo (se bem que este último...devia haver gente, ou mais gente, a estudar a razão para reproduzirmos sistemas que nos aniquilam mais do que nos ajudam) pelo estado a que chegamos, mas agora que já vimos onde viemos parar, como seria se recomeçássemos? 

Sem comentários:

Enviar um comentário