Do azar e da sorte
11.8.14
Depois de um fim-de-semana e peras (nunca tinha escrito esta expressão) cheguei à conclusão que não dou para ser dondoca. Bem, falta-me experimentar a coisa com ama e motorista, mas mesmo assim não creio.
Lá fomos nós, então, rumo a Baucau, todos contentes, e mais uma vez não tínhamos onde dormir, porque chegaram uns hóspedes antes de nós. Sim, tínhamos reserva, mas chegámos depois deles, azar! Ou sorte, depende da perspectiva.
É que por causa desse pequeno percalço tivemos um grande, enorme, fantástico fim-de-semana e apesar de saber que acreditam em mim, porque eu não sou gaja de adjectivos, portanto se os estou a usar é porque a situação o exige, vou contar tudo na mesma.
Então, depois de saber que não tínhamos onde dormir em Baucau, continuámos a conduzir por ali fora, ou melhor, o Jaime continuou, eu ia sentadinha ao lado, de boca aberta com a paisagem. Parámos em Com, Los Palos e a partir daí foi uma animação.
O resort não tinha nenhum luxo (incluindo papel higiénico), mas era confortável. Além disso, tinha tudo o resto: o mar, o vento morno, as crianças a atravessá-lo para irem para a escola, o som da ventoinha no tecto.
Depois, tivemos a primeira experiência gastronómica verdadeiramente timorense (o restaurante do hotel estava fechado, por isso comemos na casa da Katy), uma delícia a sopa de peixe!
No dia seguinte decidimos ir a Jaco, a ilha deserta, e juro pela minha saúde que pensei que íamos morrer ali, o que vale é que estávamos a caminho do paraíso.
O carro aguentou-se à bronca nos oito quilómetros de estrada de cabras que nos conduz a Valu e lá dentro todos pinchávamos como loucos, para felicidade do Isaac e sofrimento do Nicolau, que chorou a maior parte da viagem.
Lá em baixo estava de facto o paraíso, de tal forma que nem nos apeteceu atravessar o pequeno canal para o outro lado, ou seja, Jaco.
Duas cervejas depois voltámos ao caminho de pedras para iniciar a subida e no fim só me apeteceu dar beijinhos ao carro e ao Jaime. É claro que meia hora depois já estava aos pontapés nas folhetas do jipe, porque o gajo decidiu avariar. Azar! Ou sorte, depende da perspectiva.
Durante o tempo em que estivemos num pára arranca, até parar definitivamente, tivemos a oportunidade de conviver de perto com o maravilhoso povo timorense.
Agora é mais uma semana de praia e passeios na cidade (boring!) até ao próximo fim de semana em Liquiça, ou sabe-se lá onde.
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Ó pá! Isto é que é uma aventura! Se eu tivesse um gajo que conduz como o teu até me aventurava. Mas um fim de semana prolongado em Baião a subir e descer pelas estradas sinuosas do Douro já me chegou!
ResponderEliminarSó aventuras! Os teus miúdos estão super bem integrados com os locais, não vejo mesmo motivo nenhum para vocês regressarem a Portugal :)
ResponderEliminarO Nicolau está nativo!!!
ResponderEliminarEspetacular, dá vontade de apanhar os próximo(s) vôo(s) para Timor. Este texto está digno de um Fugas :-)
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