Bali, a paragem de avião como lhe chamou o Isaac, acolheu-nos muito mal.
Depois de 19 horas de voo e muita turbulência nas últimas três, que fez o Nicolau vomitar em cima de mim, naturalmente, aterrámos na Indonésia. Íamos entusiasmados, apesar de tudo, mas os procedimentos para entrar no País foram um pouco desmotivantes. Depois, bom, depois aconteceu o pior que podia acontecer: o hotel, que estava reservado e pago, recusou receber-nos, porque estava cheio.
Estávamos com ar de animais abandonados (sim, fomos informados na rua, não chegámos sequer a entrar na Villa), mas tanto o taxista, como o moço do staff pareciam divertidos a falar um com o outro.
Conseguimos chegar a um sítio que nos recebeu, uma espécie de hotel Marigold para turistas indonésios. Nada luxuoso, mas muito confortável. Bebemos uma garrafa de vinho Aga Red.
Talvez Bali valesse a pena, apesar de tudo.
Foi por volta das 4h30 am que tive a sensação que Denpassar se queria redimir. Os galos cantaram, cantaram uns atrás dos outros, como nunca tinha ouvido. Parecia que começavam numa ponta da cidade e acabavam na outra. Os galos queriam dizer qualquer coisa e como se calaram quando abri as cortinas, suponho que era para mim que cantavam.
E depois houve a tentativa de pequeno-almoço num terraço que ninguém diria poder existir naquele prédio. Parecia um espaço sagrado, com todas as mesas ocupadas por muçulmanos. Disseram-nos para tomar o pequeno-almoço no piso 1 e ficámos sem perceber se era por estar cheio, ou se por não pertencermos àquele sítio. Durante os breves segundos que demorei a atravessar o terraço com os meus filhos pela mão, com todos os olhos pousados em nós, senti-me na pela da mulher com burka que atravessou o aeroporto para ser identificada num sítio à parte.
Agora, instalados em Dili, espero pacientemente que os pequenos durmam tudo o que têm para dormir e que acertem o relógio biológico para podermos aproveitar Timor Leste, um país que me parece já tão familiar. A Bali voltamos no final do mês.
Que corra tudo bem nesta vossa aventura. Beijinhos Calita.
ResponderEliminarAté há vinho na Indonésia e tudo. Não vos falta nada.
ResponderEliminarTu não me digas que vais a Bali para ouvir galos cantar?!
ResponderEliminarMas podias vir à minha casa no Minho! No princípio da madrugada parece que começam todos a ensinar uns aos outros como é que se canta bem.
Piano é que não temos.
Olha, e o hotel que não vos aceitou devolveu o dinheiro que já estava do lado deles?
ResponderEliminarAproveitem Timor, tenho a certeza que no fim do mês os miúdos não vão querem vir embora LOL