Tornei-me numa dessas pessoas que ficam felizes por ser segunda-feira para poder largar os filhos na escola. Não é que eu alguma vez tenha pensado mal dessas pessoas, achava era que se não queriam estar com os filhos que não os tivessem.
Então vou dar uma de expert (gajaria com outras experiências, o que dá sempre um jeito de qualquer espécie :)
nunca senti isso porque fui trabalhar quando ambas atingiram os 3 meses de idade o que, sempre o soube, é de uma crueldade enorme com os bebés e também connosco. Na altura fazia assim quem tinha mesmo mesmo que trabalhar e não dispunha de nenhum familiar próximo que pudesse atenuar a transição para o berçário/jardim-escola, evitando o acumulado de tempo que elas lá passaram. Valeu-me a Fá (a melhor educadora do mundo, uma veterana apostadora nos abraços, nos beijos melados, nos mimos, nos risos) aos beijos nas bochechas delas pela escada acima, que bem a ouvia da rua, com uma vontade tremenda de chorar baba e ranho (no trabalho chorava mesmo, além de passar o tempo a espremer degradantemente as mamas para o lavatório, pois tinha leite a mais).
Em todo o caso, fiquei com ambas os seus 3 primeiros meses de vida, em casa, amamentando a um ritmo louco e sentindo uma necessidade regular de retomar parte do meu tempo e do meu espaço, equilibrando as coisas. Beneficiei da presença da minha mãe, durante 2 x 15 dias e recordo com aquela dolência típica dos dias de Verão (Fevereiro, da primeira vez, Abril, da segunda :), os cafés tomados nas esplanadas, sozinha, a fumar um cigarrinho pecaminoso de permeio (abandonados durante as gravidezes).
__ O que se passa, Calita, é esta merda não estar feita para as mulheres terem filhos e poderem manter uma vida digna do nome, sendo-lhes permitido trabalhar a meio tempo, ou menos, consoante os casos, mas podendo assegurar-se a qualidade emocional das relações e os parvos sentimentos de culpa dos quais ninguém precisa e os putos muito menos (e eles são os primeiros a dar sinal da sua existência, nós sabemos que sim, que somos mães inteligentes).
É (precisamente) porque gostamos de estar com eles que nos sabe (tão bem) deixá-los na 2ª feira. :-) Gostamos (ainda mais) deles. E de nós. Be happy. :-)
É (precisamente) porque gostamos de estar com eles que nos sabe (tão bem) deixá-los na 2ª feira. :-) Gostamos (ainda mais) deles. E de nós. Be happy. :-)
Isso significa apenas que trabalhas em casa, logo não tens um espaço à parte para te dedicares ao novo projecto, julgo eu. Além disso, se de cada vez que a gente se queixa justificasse não ter filhos, a humanidade estava perdida. Todos têm os seus limites de resistência e recuperar o fôlego faz parte, para depois estarmos melhores para eles.. Eu que o diga com o miúdo de 1 mês. Uma destas noites, após várias noites e dias a dormir o mínimo, atingi o meu limite de resistência e desejei arduamente que voltasse à barriga. Arrependida? Nunca! Faz parte? Sim, sem remorsos.
Totalmente de acordo, Andreia! O desejo de os "ver pelas costas" está diretamente relacionado com situações 'limite' ou com situações muito práticas de prosseguir as tarefas com que estamos comprometidos e das quais tiramos especial prazer. Para mim, foi estranho saber que tu, Calita, tinhas essa opinião das pessoas que ouvias dizer que ansiavam pelas segundas... :)
Foi estranho, a sério? Por isso é que eu quis ficar em casa com eles, tipo não vou ter filhos para serem criados por outros. Depois uma pessoa percebe que precisa de ter uma vida (sobretudo quando não tem ninguém com quem deixá-los umas horas, ou não tem como ir passar um fim-de-semana fora sem eles) e a escola passa a ser um mal menor. Agora isto de ficar feliz não estava à espera, mas isto de ficar sozinhas com os três, e com tanta coisa para fazer, durante duas semanas e meia, muda algumas coisas.
Então vou dar uma de expert (gajaria com outras experiências, o que dá sempre um jeito de qualquer espécie :)
ResponderEliminarnunca senti isso porque fui trabalhar quando ambas atingiram os 3 meses de idade o que, sempre o soube, é de uma crueldade enorme com os bebés e também connosco. Na altura fazia assim quem tinha mesmo mesmo que trabalhar e não dispunha de nenhum familiar próximo que pudesse atenuar a transição para o berçário/jardim-escola, evitando o acumulado de tempo que elas lá passaram. Valeu-me a Fá (a melhor educadora do mundo, uma veterana apostadora nos abraços, nos beijos melados, nos mimos, nos risos) aos beijos nas bochechas delas pela escada acima, que bem a ouvia da rua, com uma vontade tremenda de chorar baba e ranho (no trabalho chorava mesmo, além de passar o tempo a espremer degradantemente as mamas para o lavatório, pois tinha leite a mais).
Em todo o caso, fiquei com ambas os seus 3 primeiros meses de vida, em casa, amamentando a um ritmo louco e sentindo uma necessidade regular de retomar parte do meu tempo e do meu espaço, equilibrando as coisas. Beneficiei da presença da minha mãe, durante 2 x 15 dias e recordo com aquela dolência típica dos dias de Verão (Fevereiro, da primeira vez, Abril, da segunda :), os cafés tomados nas esplanadas, sozinha, a fumar um cigarrinho pecaminoso de permeio (abandonados durante as gravidezes).
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O que se passa, Calita, é esta merda não estar feita para as mulheres terem filhos e poderem manter uma vida digna do nome, sendo-lhes permitido trabalhar a meio tempo, ou menos, consoante os casos, mas podendo assegurar-se a qualidade emocional das relações e os parvos sentimentos de culpa dos quais ninguém precisa e os putos muito menos (e eles são os primeiros a dar sinal da sua existência, nós sabemos que sim, que somos mães inteligentes).
Concluindo (em expert :)
wrong! não é nada bem feita.
...o meu patrão chegou a dizer que os filhos dele deixaram de mamar com 1 mês...logo pk que raio saia eu mais cedo para dar de mamar!!!!!!!!:S
EliminarAinda concluindo (em expert, claro :)
ResponderEliminarbem feitas são as mamas que vão caindo e os traseiros que vão alargando, com a sua história (agora) de família.
right?
Ahahahahahahhahahahhahahahahahahhahahahah
ResponderEliminarahahahhahahahhahahahhahahahhahahahhahahha
É (precisamente) porque gostamos de estar com eles que nos sabe (tão bem) deixá-los na 2ª feira. :-)
Gostamos (ainda mais) deles. E de nós.
Be happy.
:-)
Ahahahahahahhahahahhahahahahahahhahahahah
ResponderEliminarahahahhahahahhahahahhahahahhahahahhahahha
É (precisamente) porque gostamos de estar com eles que nos sabe (tão bem) deixá-los na 2ª feira. :-)
Gostamos (ainda mais) deles. E de nós.
Be happy.
:-)
A sério, só agora?!
ResponderEliminarAinda não sei o que é isso. Deixá-la onde quer que seja depois das folgas continua a ser uma angústia.
ResponderEliminarIsso significa apenas que trabalhas em casa, logo não tens um espaço à parte para te dedicares ao novo projecto, julgo eu.
ResponderEliminarAlém disso, se de cada vez que a gente se queixa justificasse não ter filhos, a humanidade estava perdida. Todos têm os seus limites de resistência e recuperar o fôlego faz parte, para depois estarmos melhores para eles.. Eu que o diga com o miúdo de 1 mês. Uma destas noites, após várias noites e dias a dormir o mínimo, atingi o meu limite de resistência e desejei arduamente que voltasse à barriga. Arrependida? Nunca! Faz parte? Sim, sem remorsos.
Totalmente de acordo, Andreia!
EliminarO desejo de os "ver pelas costas" está diretamente relacionado com situações 'limite' ou com situações muito práticas de prosseguir as tarefas com que estamos comprometidos e das quais tiramos especial prazer.
Para mim, foi estranho saber que tu, Calita, tinhas essa opinião das pessoas que ouvias dizer que ansiavam pelas segundas... :)
Foi estranho, a sério? Por isso é que eu quis ficar em casa com eles, tipo não vou ter filhos para serem criados por outros.
EliminarDepois uma pessoa percebe que precisa de ter uma vida (sobretudo quando não tem ninguém com quem deixá-los umas horas, ou não tem como ir passar um fim-de-semana fora sem eles) e a escola passa a ser um mal menor.
Agora isto de ficar feliz não estava à espera, mas isto de ficar sozinhas com os três, e com tanta coisa para fazer, durante duas semanas e meia, muda algumas coisas.
Algumas coisas, sim :)
Eliminaré caso para dizer q só quem não tem filhos, é q não sabe!
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