Dragões

2.7.12
Parte do serão de domingo é, quase sempre, dedicado a esse grande desporto mundial que é o zapping, numa tentativa vã de adiar o mais possível a ida para a cama, como se isso permitisse prolongar um pouco mais o fim-de-semana e adiar o início de mais uma semana igual à que passou, que já foi igual à anterior e por aí fora.
Ora, ontem, depois de Uma Família Muito Moderna, parei ao ouvir falar este senhor e fiquei maravilhada (é que nem os trejeitos da Paula Moura Pinheiro me fizeram querer continuar a dar ao dedo), não só porque a temática da conversa tocava precisamente o maravilhoso, mas por ter descoberto que todos os povos da terra têm um elemento comum nas histórias que foram passando de pais para filhos: o dragão. E o que me deixou espantada não foi estar de frente, mais uma vez, com a conclusão óbvia de que a humanidade bebe da mesma fonte (Platão dizia isto de uma maneira muito mais bonita), o que me deixou espantada foi o dragão. Como é que todos os povos que habitaram este planeta inventaram um ser tão estranho? Não sei porquê, parece-me bem mais fácil acreditar que existiram dragões do que achar que foram fruto da imaginação dos nossos antepassados.

2 comentários:

  1. O dragão e o unicórnio foram os animais que não conseguiram chegar a tempo à Arca de Noé, mas ficaram para sempre na memória da humanidade. Bonita esta história, que eu li, já não sei onde.

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  2. Eu acho que os dragões são uma variação dos dinossauros, ficou registado na nossa memória colectiva (ADN)de pequeno mamífero/presa... e, como seres racionais que nos tornamos, conseguimos transpor essa memória ancestral (como outras) em algo mais poético...

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