Está a chegar ao fim mais um ano. Eu sei que não sou a única pessoa a considerar que o ano começa em Setembro, por causa do ano lectivo. E não, não é (só) por causa dos filhos em idade escolar. Desde que vou à escola sinto essa divisão do calendário.
Portanto, seguindo esta ordem de ideias, acho que posso dizer que este foi um ano complicado (ou filho da puta, como lhe chama o Jaime): um acidente quase mortal, a filha adolescente que deixou de poder contar com a pessoa que lhe garantiu apoio para terminar o secundário em Lisboa, uma operação de urgência e a única pessoa da família com rendimento fixo ficar sem emprego é capaz de ser uma mistura de acontecimentos suficientes para comer uvas passas e pedir desejos de ano novo com a mesma voracidade com que o nosso mais novo come chocolates.
Curiosamente não consigo ver o ano que está a terminar como mau. E isto é quase irritante (eu tenho um fraquinho por pessoas boémias e com adições, por isso as pessoas Zen sempre me irritaram um bocadinho), mas estarmos todos aqui e juntos (eu sei que para ti não é tão bom quanto para mim, Bea, mas deixa-me usufruir mais um bocadinho, sim?) é o fim d' ano perfeito.
Melhor do que isso é estarmos juntos e a reinventar uma nova vida. Ou seja, está tudo bem.
2017/18 foi, aliás, o ano em que tudo voltou ao normal: Portugal ficou em último lugar na Eurovisão, o FCP foi campeão, fizemos uma pequena viagem, sob temperaturas inumanas, ao mundo dos neandertais (que copulavam com denivosanos, mas isto fiquei a saber depois), a Madonna mudou-se para Portugal e está frio na Póvoa, em Agosto.
Sem comentários:
Enviar um comentário