Terapia

2.8.13
Nas últimas semanas tenho experimentado todo o tipo de terapias (chamemos-lhes assim). Comecei com costelinhas acompanhadas de arroz de grelos e arroz pica no chão, mais vinho tinto, com estas duas miúdas. Mentira, começou antes disso, com um passeio pelo Porto, nós as três, mais esta boa gente, ou até mesmo antes, no Guedes.
Seguiu-se um belo arroz de peixe, acompanhado de melhor conversa e vinho branco, até às tantas da manhã e mesmo assim a saber a pouco.
E logo depois de tanto conforto, o confronto: acampar com quase toda a família (oito adultos, dois adolescentes e quatro crianças), com muito churrasco, vinho tinto e super bock. Passei sem distinção.
Quase refeita do confronto, novo conforto: amigos de longa data, gin tónicos, mojitos, e outras terapias espirituosas, seguidas de filetes de sardinha panados com arroz de tomate e, claro, vinho tinto.
Mesmo assim, depois disto tudo, os resultados tardavam a verificar-se. Até hoje, depois de três horas a lutar com a relva do Brasil, que a minha avó insistiu plantar no meu quintal da casa do Porto, há uns dez anos, e com outras plantas infestantes (talvez ainda vá a tempo de fazer um registo fotográfico, mas não prometo nada).
Ouvi várias vozes sobre a impossibilidade de arrancar aquilo, que era preciso máquinas, ou no mínimo foucinhas, mas eu decidi que ia tratar de desbastar aquele quintal e que ia fazê-lo sozinha. E se eu decidi, meus amigos, é melhor saírem da frente.
Resultado: Calita 2. Natureza 1. Na verdade, olhando para o quintal, não é óbvio (ainda) que eu tenha saído vitoriosa, mas avaliando o meu estado de espírito, depois do desbaste e da picanha e do vinho tinto, acho que sim, ganhei. Com distinção.

3 comentários:

  1. Desbastar ou mondar sao, sem duvida, hiper terapeuticos! (Como é que me voltou a escapar o quintal, na minha visita-relampago?!)

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  2. Não há nada como trabalhar a terra para nos sentirmos melhor :D

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  3. O melhor para acabar com as infestantes é mesmo arrancá-las à mão, tirando a raíz. É o chamado cortar o mal pela raíz. Dá trabalho, mas não voltam. Se fresares o terreno com máquinas, ficam as raízes. Se sachares, podem ficar também algumas.
    Sempre que apanho infestantes, tenho alguns elevadíssimos surtos filosóficos sobre o sentido da vida, e acho que isso também abona a favor dessa actividade.

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