Esterótipos

21.6.12
Já assumi várias vezes que gosto de estereótipos, facilitam os discursos e assim, mas há um assunto em que nem eu consigo encontrar um estereótipo: o da maternidade (a não ser, talvez, o da insuportabilidade das grávidas). Todas as mulheres encaram a maternidade de forma diferente, não há mães iguais. Tal como diz o povo "mãe há só uma", coisa que honestamente nunca tinha percebido até agora, ou seja, há a mãe que cada um de nós tem e há as outras mães. Ou, a mãe que cada uma de nós é e as outras (uau, sou o máximo!).
Bom, isto para dizer que para algumas mães os cinco meses de licença de maternidade (mais o mês de férias que costumam colar à licença) são suficientes. Custa deixar o bebé nos primeiros dias, mas acaba por saber bem voltar ao trabalho. Para outras não, não são suficientes, mas têm de voltar na mesma e sofrem horrores com isso. Depois, há as felizardas que vivem à custa dos maridos e que podem ficar com eles o tempo que acharem melhor (ou até que aconteça uma coisa má).
Eu sou dessas felizardas e posso anunciar que chegou esse tempo. Estou pronta para deixar a cria mais nova entregue e ir...fazer coisas.

9 comentários:

  1. Eu também sou dessas felizardas. Que coisa má? Não consigo aceder ao artigo, não tenho facebook. :\

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  2. Já pesquisei no google e já li o artigo. Ao sermos mães a tempo inteiro estamos a dar um mau exemplo aos nossos filhos? Devíamos ter carreiras para dar um bom exemplo? Procuramos maridos ricos para viver à custa deles? Estamos a trair a luta feminista???? Dear Lord...

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  3. Olha, vai lá fazer coisas... e continuam as pessoas sem entender o que é a luta feminista: é poder ser! Ter a liberdade de sermos quem queremos ser e levar a nossa vida como bem entendermos... Por acaso não gosto de estereótipos, somos 7 biliões de pessoas e a variabilidade é que leva à evolução!
    Boa sorte!

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  4. Eu também sou uma felizarda, só não tenho um marido rico... mas isso a culpa é minha que preferi juntar-me com um giraço que me deu uma filha linda, do que com um velho cheio de catchim.
    Quem me dera que não me tivessem dado um pontapé no cu, no dia em que liguei para o trabalho a dizer que ia regressar, e me avisaram de que o meu emprego já não morava ali. Tenho uma dificuldade enorme em deixar a minha filha e voltar ao mundo do trabalho (que sorte a oferta ser tão pouca, caso contrario já não tinha desculpas para ser mãe a tempo inteiro). E só quem é mãe a tempo inteiro e não se sente realizada a ver as tardes da Julia, sabe o quanto pode ser gratificante e penosa esta vida de domestica. Isto para dizer que a senhora que escreveu o artigo é estupida, pronto já disse. obrigado

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  5. O artigo é longo, podes ver só o video;)) http://www.theatlantic.com/magazine/archive/2012/07/why-women-still-can-8217-t-have-it-all/9020/?single_page=true

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  6. Ora bem, a Sofia disse tudo: a luta feminista tem como objectivo a liberdade de escolha.

    E quando uma mãe faz uma escolha porque quer ser uma mãe melhor, tende a fazer a escolha certa. Seja para ficar em casa, seja para trabalhar fora, seja para virar tudo do avesso.

    Um dos grandes problemas da nossa sociedade está em dar-se pouca importância às mães. E no facto de elas também pouco reclamarem.

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  7. Eu diria que o problema é dar-se pouca importância aos pais. Ou os pais darem pouca importância aos filhos. E às mães. Ou as mães darem pouca importância a elas proprias. Ou as empresas darem-se demasiada importância. Ou não se dar a devida importância às soluções.

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  8. Olha, li agora este texto e pensei no teu post :
    http://ruadaabadia.blogspot.fr/2012/06/vamos-ser-amigas.html

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