O patchwork é kitsch 6

29.7.10

Aqui está o Quilt n.2 com o tal tecido que tinha referido aqui. Ofereci-o a uma linda, linda menina e a mãe dela enviou-me as fotos, porque me esqueci de o fotografar. Obrigada amiga do coração.
Os outros tecidos são: este, este, este e mais este. O azul liso é de um lençol que não usava por ser demasiado pequeno. Ah, e o debrum foi feito com este.

Calor

27.7.10
Eu fico com um zumbido na cabeça e uma neblina nos olhos. O bebé não consegue dormir nem comer direito. Já a Bea parece que nasceu com um termostato que lhe permite aguentar calor e frio como se não existisse uma coisa nem outra. Se calhar hoje vamos brincar a arrumar o roupeiro. Ela arruma (se é que se pode chamar ao que ela faz arrumar) e eu fico na piscina.

P.S A partir de agora só fotos de telemóvel...Não que isso faça grande diferença, mas pronto.

Então

23.7.10
Tem quase 10 meses e a palavra que mais vezes repete é "então". Às vezes usa-a em tom interrogativo, outras afirmativo. Diz cão quando vê um animal, qualquer um, pombas incluídas. "Gá" (gato) é a única excepção, mas para os gatos aqui de casa, os outros também são cães. Devora, literalmente, revistas e papéis em geral. A comida preferida é sopa e fruta. Deita-se cedo (19h30) e acorda cedo (7h00), com um intervalo para comer. Gosta de dançar e jogar à bola com o pai. Não tem dentes. Gatinha e anda agarrado às nossas mãos. Há dias em que parece impossível de tão chato que está, ou parece, porque quase sempre o problema é meu e não dele. Reconciliou-me com a maternidade, este rapazinho, mas continua a apetecer-me, muitas vezes, mandar tudo para o caralho.

Costureira

22.7.10
Se em vez de me armar em costureira new age tivesse comprado umas calças, tinha poupado pelo menos 100€.
Ora bem, por onde começar? Comprei o tecido nos saldos para fazer uma calças que me servissem e que não fossem demasiado casual, como tudo o que visto. Depois procurei moldes na net.
Hoje achei que era um bom dia para começar a costurá-las. Pois bem, não só perdi umas duas horas a tentar perceber como se juntavam as peças (e enquanto isso tive de deixar o Isaac comer o guia de Londres, porque é a comer livros e revistas que ele mais se entretém) como, uma vez terminada essa parte, verifiquei que ficaram minúsculas. É que nem era preciso prová-las, mesmo assim é claro que as enfiei para poder insultar-me de quantos nomes me lembrei.
Aproveitei para insultar também a revista brasileira de onde tirei os moldes e que dizia que as calças eram 42.
Depois, não contente com tudo isto, decidi fotografá-las e deixei cair a máquina logo a seguir.
Moral da história: se queres umas calças compra-as na H&M que são baratas, ou evita fotografar coisas que costuras.

Flirt

22.7.10
Eu menciono um livro e ele aparece em casa.


Assim sendo: gostava muito de ir a Istambul :)

Merda

22.7.10
Isto de acharmos que somos parte de um todo e que por isso temos de contribuir com o que pudermos para um mundo melhor e que só faz sentido viver em harmonia com a natureza, e tal, é muito bonito até vermos o nosso filho com a sua própria merda na mão, que sorrateiramente retirou da fralda pousada no chão antes de ser lavada.

Depois das seis

20.7.10
Um dia destes gostava de tentar explicar, e perceber, a minha questão com os fins de tarde. É que chega-se ali às seis horas e eu fico assim tipo melancólica. Nuns dias é mais evidente do que noutros, mas quase sempre sinto-me inquieta e passo a vida a olhar para o rádio da cozinha, ou para o telemóvel, a ver que horas são (o mundo devia ser uma coisa bem mais interessante quando se viam as horas nos relógios). Depois das sete começo a sentir-me melhor. Deve haver uma explicação super esotérica para isso. Vou procurar barra misturar teorias barra inventar.

Dieta, eu disse isso?

19.7.10



Bom, ninguém me manda ir ao Porto, essa cidade cheia de coisas boas.
Os docinhos de cima são conventuais, de Vila do Conde; a sobremesa do meio do restaurante de Serralves e os muffins da Patrícia.
Não fotografei os rojões à minhota, devorados com gula q.b., em casa da minha mãe, mas não cozinhados por ela, que tem mais o que fazer.
Eu já devia saber que basta referir a palavra dieta para começar a devorar tudo o que me aparece à frente.

Parede açafrão

16.7.10
Há um ano fizemos esta foto com a intenção de a repetir agora, com o rapaz fora da barriga. Acontece que já não temos a parede açafrão.

Poema

15.7.10

(Poema de Mário Castrim, in Histórias com Juízo, daqui)
13.7.10
Como consegui resolver a maior parte das coisas da lista ali em baixo (sim, o fogão ficou de fora, obviamente), façanha que atribuo ao facto de tornar pública a dita lista, venho por este meio declarar que vou iniciar uma dieta rigorosa.

Leituras

13.7.10
Pronto, pronto, já percebi. Quando largar o Italo Calvino salto para este, ou outro qualquer do mesmo autor.

A algibeira

12.7.10


Cá está ela. A minha avó usa algibeiras desde sempre. Atam-se à cintura por baixo da saia, junto ao fecho (sim, todas as saias dela têm um fecho), e servem para guardar dinheiro, documentos, chaves e até restos de comida quando é preciso, isto é, quando se vai a uma festa, ou a um restaurante e quer-se trazer restos sem ninguém saber. Também já a vi guardar iogurtes.
"Esta está muito puída, deixa-me ir lá cima buscar a outra que é nova", disse ela. Nestas alturas tenho pena de não saber fotografar, mas ficou prometida uma sessão com a outra algibeira.

Uma espécie de lista

12.7.10
Tenho de mostrar a algibeira da minha avó; limpar o chão da cozinha para o bebé poder gatinhar à vontade e já agora o forno e o microondas para não parecer mal; daqui a nada tenho de o pôr a dormir a sesta; decidir e fazer o que vou almoçar; acabar aquele texto e editar o outro; os vasos, não posso esquecer de plantar os cravos antes que morram; ver os filmes que o Israel me trouxe (credo, a Sara Carbonero é mesmo boa! e o Casillas deu-lhe um beijo durante a entrevista, que bonito!) e mais uns quantos ali à espera na prateleira; e acabar o quilt e comprar as prateleiras para os livros dos pequenos (não, Isaac, isso é porcaria larga o meu sapato!); comprar peixe e fruta urgentemente...portanto, confirma-se, a minha vida não tem glamour nenhum.

No ginjal

8.7.10
Ouvi algumas pessoas queixarem-se da primeira meia hora da peça O Ginjal ou o sonho das cerejas encenada por Mónica Calle. Eu nunca tinha visto nenhuma encenação da peça de Tchèckov, por isso não posso fazer comparações. Sei que aquela meia hora às escuras me pareceu, apesar de um bocado difícil, poderosa. E a peça está cheia de momentos assim.
A encenadora disse, numa entrevista, que esta é uma peça "onde aquilo que se diz é menos importante do que aquilo que acontece" e, de facto, acho que resume bem o que vi no palco do Maria Matos.

A casa precisa mesmo de ser aspirada

8.7.10
mas se calhar faço um bolo primeiro.



Parece que a receita é suíça e leva 250g de cenouras; 250g de açucar; 250 de amêndoas moídas; 80g de farinha; 5 ovos e um limão para regar a cenoura ralada. É que cheira mesmo bem!

(acho que aspiro amanhã)

Filme de adultos*

5.7.10
A Bea andava a insistir há algum tempo que queria ir ao cinema ver um filme comigo, ou seja ver um filme de adultos. Encontrado o dia que dava mais jeito faltava escolher o filme. Optei pelo A mulher do viajante no tempo, porque li que se tratava, entre outras coisas, de uma fantasia melodramática que nos remete para os grandes melodramas clássicos (Jorge Mourinha dixit) e pareceu-me bem. Gostei bastante do filme e ela também. O mais curioso é que não me espantei por ela conseguir acompanhar o enredo sem problemas - há situações em que pode ser difícil perceber em que tempo está o viajante. Espantei-me por vê-la sacar das bonecas imagina ser, que trazia na mala, e pôr-se a brincar com elas em cima da mesa, enquanto eu terminava o jantar, e fazer de conta que falava com alguém ao telemóvel (de brincar) da hello kitty.
Às vezes esqueço-me que é uma criança.


*(estavam à espera de pornografia? um dia destes...)